quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

História da Alemanha (2ª parte)

Após a última publicação ter ficado mais curta do que gostaríamos, decidimos fazer 3 partes na História da Alemanha, em vez das duas iniciais. A terceira será publicada na próxima 3ª feira.
Restauração e revolução
Depois da queda de Napoleão Bonaparte, o Congresso de Viena reuniu-se em 1814 e sua resolução fundou a Confederação Germânica, a união de 39 estados soberanos. Desentendimentos com a restauração política proposta pelo Congresso de Viena, parcialmente levou ao surgimento de movimentos liberais, exigindo unidade e a liberdade.
Durante esta época, muitos alemães tinham sido agitados com os ideais da Revolução Francesa, e o nacionalismo passou a ser uma força mais significativa, especialmente entre os jovens intelectuais.
Os monarcas inicialmente aceitaram as exigências dos revolucionários liberais para conter a movimentação popular. Ao Rei Frederico Guilherme IV da Prússia foi oferecido o título de Imperador, mas sem poder absoluto, ele rejeitou a coroa e a proposta de Constituição, o que fez com que o rei nomeasse Otto von Bismarck para o novo Primeiro-ministro da Prússia. Bismarck travava com sucesso uma guerra com a Dinamarca, em 1864. A vitória prussiana na Guerra Austro-prussiana de 1866 permitiu criar a Confederação Norte-Germânica, que excluía a Áustria.

Império Alemão
O estado conhecido como Alemanha foi unificado como um moderno Estado-Nação, em 1871, quando o Império alemão foi criado, com o Reino da Prússia sendo o seu maior constituinte. A Dinastia de Hohenzollern da Prússia declarou o novo império, cuja capital era Berlim, a capital prussiana. O império era uma unificação de todas as partes da Alemanha com excepção da Áustria. A partir do início de 1884, a Alemanha começou a estabelecer diversas colónias fora da Europa. Durante o esse período, a Alemanha passou por um grande crescimento económico, com uma forte industrialização, especialmente das indústrias de mineralização e metalurgia.
O imperador Guilherme I garantiu a posição do Império Alemão como uma grande nação europeia por fazer alianças comerciais e políticas com outros países europeus, isolando a França por meios diplomáticos. A maior parte das alianças que a Alemanha tinha feito não foram renovadas, e as novas alianças excluíam o país. Tudo isto, devido às novas tendências imperialistas do país. A França efectuou relações de entre-ajuda com Reino Unido e Rússia, cercando o Império Alemão, que apenas mantinha laços com o Império Austro-Húngaro.
A Conferência de Berlim dividiu a África entre as potências europeias, sendo que a Alemanha ficou com inúmeros territórios. Estas partilhas causaram grande tensão nas outras potências, o que acabou por levar à 1ª Guerra Mundial.
O assassinato do príncipe da Áustria em 28 de Junho de 1914 desencadeou a I Guerra Mundial. A Alemanha, como parte dos Impérios Centrais foi derrotado pelos Aliados num dos mais sangrentos conflitos de todos os tempos. O Armistício de Compiègne pôs fim à guerra e foi assinado em 11 de Novembro e a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes em Junho de 1919. O tratado foi tratado na Alemanha como uma humilhante continuação da guerra por outros meios, e sua dureza é frequentemente citada como tendo mais tarde facilitado a ascensão do nazismo.
República de Weimar
Após o sucesso da Revolução alemã em Novembro de 1918, uma república foi proclamada. A Constituição de Weimar entrou em vigor com a sua assinatura pelo presidente Friedrich Ebert em 11 de Agosto de 1919. O Partido Comunista Alemão foi criado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, em 1918, e o Partido dos Trabalhadores Alemão, mais tarde conhecido como Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores ou Partido Nazi, foi fundado em Janeiro de 1919.
Sofrendo as consequências da Grande Depressão, as duras condições ditadas pelo Tratado de Versalhes, e uma longa sucessão de governos mais ou menos instáveis, cada vez mais faltava identificação às massas políticas na Alemanha com seu sistema político de democracia parlamentar. Por outro lado, os radicais de esquerda comunistas, tais como a Liga Espartaquista, queriam abolir aquilo que eles entendiam como "governo capitalista". Tropas paramilitares foram criadas por diversos partidos e houve diversos assassinatos por motivos políticos.
Depois de uma série de mandatos frustrados, o presidente Paul von Hindenburg, vendo poucas alternativas e empurrado pelos seus assessores de direita, nomeou Adolf Hitler como Primeiro-Ministro da Alemanha em 30 de Janeiro de 1933.

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